segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Desejos Proibidos

Eu tento fugir... tento correr...
Ja vivi isso em outros momentos e sei como é.

Essa noite virá a mim novamente. Já sinto se aproximando.
E mesmo que eu tente fugir, correndo como um fantasma solitário, procurando nas sombras e nas escuridões da noite o meu escape, minha mente voltará ao início de todo o ciclo outra vez.

Porque não consigo me desvencilhar? Porque quando finalmente consigo me afastar, sou eu mesmo quem me trago outra vez até esse ponto? Certamente há uma razão para me que eu me sabote dessa maneira. Somos inseparáveis assim? Será que estou diante de parte de mim e eu, até aqui, não sabia disso?

Meus pensamentos são invadidos e passo a não mais reconhecer quem eu sou. Tudo que eu quero é aquilo que eu me neguei a ter.

É errado sentir-me assim? Não sei! Considerar tudo isso é tão... retórico e não-poético! Não me orgulho nem me repudio por isso também.

Nessa noite a luz da lua será a única luz entrando no meu quarto, visitando a agonia da minha luta contra meus desejos. Em breve o sol invadirá a minha porta, e meu lençol não trará mais abrigo pra mim.

No frescor da alvorada juntarei meus cacos e, com a água quente em meus ombros, reorganizarei meus pensamentos. Quem sabe algum dia a vida concederá que meus desejos não sejam aqueles que são proibidos? E quem sabe um dia eu alcance o que eu desejo?

Nesse dia eu terei a certeza de ter encontrado meu pedaço do céu na terra!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa! Parece até os meus pensamentos... rs rs...
Pelo visto, estamos com o mesmo problema: desejos proibidos. Uma eterna luta entre o que é certo e o que queremos. Haja máscara, né?
Beijos...