quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Castle Walls

Era um peso muito grande...

Ninguem poderia suportar tudo aquilo sobre seus ombros e achar normal. Seu mundo fora invadido, suas prioridades confundidas em nome de algo que ela não sabia exatamente o que era.

Seus medos mais profundos foram trazido à tona e sua liberdade estava sendo sarceada forma tão rapida quanto contraditóriamente lenta, de modo que ela nem percebia. Naquele momento a confusão era como um turbilhão em sua mente e fazia com que seu coração pulsasse acelerado, ansioso.

Ele, por outro lado, sempre gostou de andar só.

Carismático, controvérso e polêmico, atraia olhares para si mas construia sua vida como se tudo isso fosse um universo paralelo. Isso era uma blindagem e nada o afetava. Era melhor assim, pensava. Mas agora, o equilibrio havia desaparecido. Tudo aquilo era corrosivo demais.

Houve um tempo em que as coisas eram diferentes. Suas afinidades pareciam fazer sentido, seus olhos chamavam e gritavam um para o outro aquilo que as palavras não diziam. Seus lábios não puderam ser evitados, como não se evita um forte magnetismo. Com sorrisos, gestos, palavras, carinhos, afetos e uma grande amizade construiram as paredes daquele castelo.

Mas naquele momento, sabiam tudo estava desmoronando. Nada do que fizessem mudaria isso. Alias, ambos já sabiam exatamente o que fazer. As cartas já estavam sobre a mesa e apenas precisavam ser jogadas como a lógica exigia. Já haviam perdido aquele jogo.

Quando encheram o peito pra dizer o que já era esperado, o silencio reinou e nada se ouviu senao um sussuro. Nada seria feito naquele dia.

Mesmo sabendo que era inevitável, preferiram sentar-se na grama, encostar suas cabeças um no ombro do outro e aproveitarem até o ultimo momento que poderiam estar ali, juntos, vendo as paredes desmoronarem.

Nem desistiram, mas também nem tentaram. Na verdade, não importou nem um, nem outro. Logo se tornariam o que sempre foram.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

INVICTUS


Dentro noite que cai sobre mim
Na densa escuridão que me acalma
Agradeço a Deus que me trouxe aqui
Pela minha inconquistável alma

Na cruel garra do destino
Não estremeci, nem gritei em voz alta
Sob as pancadas do acaso
Minha cabeça sangra, mas nao está curvada

Além deste lugar de ira e lágrimas
Cresce o horror das sombras e gemidos
Apesar da ameaça dos anos que passam
Me encontram, e me encontrarão destemido

Não importa quão estreito seja o caminho
Quantas punições tem a lista que me aguarda
Sou o mestre do meu destino
Sou o capitão da minha alma



Versão traduzida e adaptada de William Ernest Henley