Era um peso muito grande...
Ninguem poderia suportar tudo aquilo sobre seus ombros e achar normal. Seu mundo fora invadido, suas prioridades confundidas em nome de algo que ela não sabia exatamente o que era.
Seus medos mais profundos foram trazido à tona e sua liberdade estava sendo sarceada forma tão rapida quanto contraditóriamente lenta, de modo que ela nem percebia. Naquele momento a confusão era como um turbilhão em sua mente e fazia com que seu coração pulsasse acelerado, ansioso.
Ele, por outro lado, sempre gostou de andar só.
Carismático, controvérso e polêmico, atraia olhares para si mas construia sua vida como se tudo isso fosse um universo paralelo. Isso era uma blindagem e nada o afetava. Era melhor assim, pensava. Mas agora, o equilibrio havia desaparecido. Tudo aquilo era corrosivo demais.
Houve um tempo em que as coisas eram diferentes. Suas afinidades pareciam fazer sentido, seus olhos chamavam e gritavam um para o outro aquilo que as palavras não diziam. Seus lábios não puderam ser evitados, como não se evita um forte magnetismo. Com sorrisos, gestos, palavras, carinhos, afetos e uma grande amizade construiram as paredes daquele castelo.
Mas naquele momento, sabiam tudo estava desmoronando. Nada do que fizessem mudaria isso. Alias, ambos já sabiam exatamente o que fazer. As cartas já estavam sobre a mesa e apenas precisavam ser jogadas como a lógica exigia. Já haviam perdido aquele jogo.
Quando encheram o peito pra dizer o que já era esperado, o silencio reinou e nada se ouviu senao um sussuro. Nada seria feito naquele dia.
Mesmo sabendo que era inevitável, preferiram sentar-se na grama, encostar suas cabeças um no ombro do outro e aproveitarem até o ultimo momento que poderiam estar ali, juntos, vendo as paredes desmoronarem.
Nem desistiram, mas também nem tentaram. Na verdade, não importou nem um, nem outro. Logo se tornariam o que sempre foram.
Um comentário:
Que confuso....
Dá pra se ter várias interpretações hein?
bjus
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